quinta-feira, 25 de março de 2010

Pedra Mourinha 3 - 2 São Pedro
Resumo da arbitragem



O São Pedro FCF considera que a dupla de arbitragem Luís Pires/Marco Correia teve uma actuação mal conseguida, repleta de erros e com influência no resultado final com prejuízo para o São Pedro FCF.
A avaliação do São Pedro FCF certamente não será, nem pretende ser, isenta nem imparcial, mas fundamenta-se, para além da apreciação ao vivo que deixou uma sensação de deja vu, em 3:52 minutos de vídeo, disponível em http://www.youtube.com/watch?v=3V93fT55FS0 onde evidenciamos as nossas principais razões de queixa:
6’’ – Falta não assinalada a favor do São Pedro.
14’’ – Falta não assinalada a favor do São Pedro seguida de entrada de pé em riste também não assinalada.
25’’ – Assinalada falta, quanto a nós discutível, contra o São Pedro. Considerar infracção evidencia um critério apertado e não a preferência por deixar jogar, mesmo quando há contacto, com que fomos brindados nas eventuais faltas a nosso favor.
31’’ a 35’’– Falta a favor do São Pedro. O Sr. Árbitro Luís Pires fez a sinalética da lei da vantagem (não visível no vídeo) mas acabou por não acumular a falta. Era a 5ª falta.
Logo a seguir foi assinalada falta a favor do São Pedro mas era a 6ª falta e devia ter sido marcado livre de 10m.
52’’ – Falta não assinalada a favor do São Pedro.
1’02’’ - Falta não assinalada a favor do São Pedro.
1’09’’ - Falta não assinalada a favor do São Pedro.
1’14’’ - Falta não assinalada a favor do São Pedro.
1’22’’ - Falta não assinalada a favor do São Pedro.
1’29’’ – Assinalada falta contra o São Pedro por ressalto casual e a curta distância da bola na mão do nosso atleta.
1’38’’ – Assinalada falta, na nossa perspectiva inexistente, contra o São Pedro.
1’48’’ – Falta não assinalada sobre o GR do São Pedro. É quanto a nós uma entrada violenta e fora de tempo, sendo perceptível no vídeo o cotovelo do adversário na face do nosso GR. Nesta entrada o Sr. Árbitro Luís Pires, perfeitamente enquadrado, não vislumbrou nenhuma infracção. Mais à frente já se perceberá o conceito de “tentativa de agressão” do Sr. Árbitro Luís Pires.
1’52’’ – Falta não assinalada a favor do São Pedro.
2’00’’ - Falta não assinalada a favor do São Pedro.
2’04’’ – Falta, quanto a nós, mal assinalada contra o São Pedro.
2’12’’ - Falta, quanto a nós, mal assinalada contra o São Pedro. Advertência com cartão amarelo, quanto a nós exagerada, considerando a natureza da infracção e considerando que no vídeo não é perceptível nenhum protesto passível de admoestação.
2’26’’ – Falta a favor do São Pedro. O Sr. Árbitro Marco Correia deu a lei da vantagem e acumulou a falta mas o jogo seguiu com reposição de bola pelo GR adversário. Em nossa opinião devia ter sido marcado livre directo porque o nosso atleta tenta finalizar enquanto está ainda a ser alvo de infracção.
2’39’’ – Assinalada 6ª falta contra o São Pedro por pretensa carga sobre o GR adversário. Em nossa opinião a falta era ao contrário e seria Grande Penalidade a favor do São Pedro porque o nosso atleta já tinha ganho posição quando foi carregado pelo GR adversário que é quem força o contacto e não o nosso atleta.
2’52’’ – Em nossa opinião, um erro inadmissível, mesmo num árbitro da 1ª categoria distrital “B”. O Sr. Árbitro Luís Pires expulsa com cartão vermelho directo o nosso atleta nº 7, Óscar Teixeira, capitão de equipa, informando-o que a expulsão se fundamentava numa suposta tentativa de agressão. No vídeo é perceptível a inexistência de qualquer comportamento passível de ser interpretado como tentativa de agressão. Não foi marcada nenhuma falta e o jogo recomeçou com a marcação de pontapé de canto.
3’09’’ – Falta não assinalada a favor do São Pedro.
3’12’’ – Falta, quanto a nós, mal assinalada contra o São Pedro. Na cobrança do respectivo livre de 10m o adversário faz golo (2-1).
3’26’’ – Falta não assinalada a favor do São Pedro.
3’33’’ – Falta e livre de 10m contra o São Pedro. Bem assinalado.
3’46’’ – Em nossa opinião, e considerando o critério adoptado pela dupla de arbitragem para as faltas contra o São Pedro, há uma falta não assinalada sobre o nosso atleta de onde resulta o golo (3-2) da vitória do adversário.

O São Pedro FCF compreende que em todos os jogos haja situações que os árbitros interpretem de forma diferente das equipas intervenientes e que muitas vezes até podem estar correctos e os protestos serem infundados. O São Pedro admite até que, nos lances apontados, os pareceres técnicos dos especialistas de arbitragem sejam diferentes num ou noutro lance. O que o São Pedro questiona, neste jogo em particular, é a quantidade de situações em que a nossa opinião diverge da do árbitro e o critério demasiado penalizador para o São Pedro e demasiado brando para o adversário.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Lagos 1 - 1 São Pedro

Em primeiro lugar queria agradecer ao Luis Pico por ter concordado com a antecipação do jogo para Sexta Feira e enviar-lhe um abraço extensível ao seu massagista que se prontificou a assistir um nosso jogador que se lesionou na cabeça durante o jogo. Foi um bom jogo de futsal com duas boas equipas em que o Lagos demonstrou que tem equipa e organização de jogo para estar mais acima na tabela. Entrámos melhor e tivemos várias situações de finalização, em ataque planeado e de bola parada; na transição ofensiva não fomos incisivos e na transição defensiva permitimos ao adversário duas ou três situações de desequilíbrio; numa delas resultou uma falta frontal nos 7 metros e, com um remate directo que passou entre a barreira (um elemento mexeu-se ligeiramente) e o guarda redes, o lagos adiantou-se; acusámos um pouco o golo mas  depois reagimos e chegámos ao empate através de um livre de 10 metros do nosso guarda redes David Pinga, situação trabalhada durante a semana. Ainda na primeira parte podíamos ter marcado novamente mas por incapacidade ou mérito do redes adversário, não foi possível.
Na segunda parte e em função de algum ascendente psicológico pela forma como reiniciámos o jogo, invertemos a estratégia e pressionámos a partir da linha 2, recuperámos rapidamente a bola mas sem transições uma vez que o adversário nada arriscou; no ataque planeado rodámos razoavelmente a bola mas com alguma falta de velocidade e com decisões erradas na definição das jogadas junto à área adversária; após os primeiros 13/14 minutos passou a haver alguma precipitação da nossa parte e o Lagos começou a realizar transições perigosas podendo o golo ter surgido para qualquer equipa. Nos últimos 2 minutos arriscámos o 5X4 mas foi o Lagos a estar mais perto da vitória em duas percas de bola nossas; mesmo nos últimos segundos perdemos mais uma vez a bola e permitimos ao adversário efectuar um remate nos 8 metros que coincidiu com a buzina a assinalar o final do jogo; a bola entrou mas o golo não foi, e bem, considerado. Mesmo não tendo ganho, quero dar os parabéns à equipa. Temos lutado contra lesões (4 lesões traumáticas na época em jogadores chave/experientes), saída de jogadores (para equipas com outra capacidade) e limitações financeiras. Não está fácil mas os jogadores do S. Pedro merecem tudo. E querem tudo. E, muitas vezes, querer é poder. Arbitragem exemplar, com critério, personalidade e quase sem erros.

São Pedro 3 - 3 Casa Benfica VRSA (05.Fev.2010)

Excelente jogo  de futsal onde a equipa do meu amigo Vasques, muito bem orientada e com excelentes jogadores, foi superior até ao 0-2, pressionando sempre a saída de bola, não deixando fluir o nosso jogo e estancando as acções individuais e de estratégia que os nossos jogadores tentaram desenvolver.  

A partir desse momento (meio da segunda parte) apostámos tudo no 5X4, e tivemos várias oportunidades para reduzir mas, na única oportunidade nesta fase do jogo, a equipa forasteira ampliou para 0-3. O S. Pedro manteve a aposta no 5X4 e, com o recuo do adversário, que defendeu quase sempre nos 10 metros,  em menos de um minuto marcou dois golos com todo o mérito. Mesmo no final e após o nosso empate através de livre de 10 metros correctamente assinalado, e com cinco faltas para a casa do Benfica e 3 para o S. Pedro, os forasteiros perderam a bola e roubaram-na, logo de seguida,  a um jogador do S. Pedro (com ou sem falta, quem poderá garantir?) tendo-se isolado um jogador da Casa do Benfica que, à saída do nosso guarda redes Beto, tentou “cavar” o “penalti” que, de facto, não existiu.  

Posso no entanto assegurar que o nosso Guarda Redes David Pinga é erradamente expulso no finalda primeira parte, obrigando o S. Pedro a jogar com menos um jogador; nestes dois minutos, a nossa equipa defendeu brilhantemente, não permitindo qualquer oportunidade ao adversário, e  um jogador nosso lesionou-se gravemente (joelho) numa disputa de bola quando a Casa do Benfica tinha cinco faltas acumuladas; não tenho opinião porque tinha muitos jogadores na frente mas a verdade é que não foi marcado livre de 10 metros e o jogador João Damasceno, o nosso melhor marcador, deverá ficar de fora até ao final da época. A arbitragem foi isenta mas com erros, tal como o jogo foi bom mas com erros dos treinadores e jogadores.  

Queria relembrar ainda que no jogo da primeira volta entre as duas equipas, o S. Pedro foi superior e foi a Casa do Benfica a empatar com um golo de livre de 10 metros que resultou de uma falta que, na minha opinião, não existiu.  

Numa altura em que outros clubes vieram contratar jogadores ao S. Pedro, em que temos lesionados de “longa duração” e qualquer contratação é financeiramente inviável (há três anos que não recebemos qualquer apoio financeiro público sendo que esta época as arbitragens, policiamentos e combustível são suportados pelos directores do clube e pelos jogadores), mais estes impedimentos (expulsão e lesão) vêm causar grande mossa na nossa equipa. É no entanto minha convicção que estas dificuldades nos tornarão mais fortes e solidários e que o orgulho que tenho nos meus jogadores e colaboradores não parará de aumentar.  

Quero, no entanto, referir que compreendo a frustração da equipa da Casa do Benfica tanto pelos eventuais erros de arbitragem como pela certeza da vitória que, mesmo, mesmo  no fim e de forma inesperada, acabou por fugir. Esta situação já nos aconteceu inúmeras vezes (o termo é mesmo este, “inúmeras”) e acontece muitas vezes nesta modalidade.  

Por fim quero enviar um grande abraço ao Vasques (bom amigo e treinador com qualidade e futuro, que é puro por dentro e por fora) que conseguiu montar uma excelente equipa e criar uma mobilização ímpar dos seus conterrâneos para a modalidade e dar os parabéns aos jogadores das duas equipas pelo espectáculo que proporcionaram e pelo entusiasmo e entrega que tiveram. 

Carlos Juliano, Treinador do S. Pedro

Entrevista do Carlos Juliano para o Blog do Luis Barradas



NOME: Carlos Juliano 
CURSO TREINADOR FUTSAL: II Nível 
ANOS COMO TREINADOR: 6 
CLUBES QUE TREINOU: S.Pedro F.C.F.
IDADE: 37 anos

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A equipa do S. Pedro é reconhecida pelo trabalho que tem vindo a ser desenvolvido ao longo destes anos.
Todos os anos consegues montar uma equipa competitiva, mesmo perdendo jogadores importantes.
Há vários anos que lutam pelo título Algarvio e consequentemente a subida aos Nacionais, mas algo corre mal na recta final de cada época.
 
JULIANO: Em 2005/06 e 2006/07 o S. Pedro terminou em 2º lugar; nas duas épocas seguintes terminou em quarto; em 2005/06 começámos mal e tivemos um segunda volta impressionante, sem derrotas, ficando a um ponto do vencedor mas registando vitórias nos últimos sete jogos onde defrontámos o 1º, o 3º e o quarto classificados; em 2006/07 liderámos durante toda a competição mas fomos prejudicados pelas 16 expulsões ocorridas (disputámos o jogo em Martinlongo, 19ªjornada, com 5 jogadores de campo seniores e um júnior), por factores externos, pela imponderabilidade que sempre acontece no desporto e por alguns erros próprios; estes foram os anos em que tivemos plantéis mais fortes; nos dois anos seguintes conseguimos andar na frente mas não tivemos um plantel suficientemente equilibrado que nos permitisse terminar na frente.

Nas quatro épocas que referi sofremos sempre com a débil estrutura que possuímos que não nos permite controlar da melhor forma os vários factores decisivos para o sucesso como sejam as condições estruturais e humanas, a organização do clube para dentro e para fora e a estabilidade emocional dos jogadores que vão sendo aliciados por outros emblemas ao longo da época; na verdade, as pessoas que trabalham para o clube como o Luis Matias, o Pedro Cláudio, a Laura, o Lopes, o Miguel, os capitães de equipa Óscar, Pinto e Beto, eu próprio e outros pessoas que por cá já passaram, fazemo-lo a título gratuito e de forma não profissional pelo que, não obstante o enorme esforço realizado, os factores críticos de sucesso não são devidamente controlados.
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Que tem corrido mal nos finais de época?
JULIANO: Os problemas que o clube tem e os factores críticos de sucesso que não controlamos de todo vão-se agravando ciclicamente ao longo da época. Se um jogador não joga por opção do treinador vai aceitar tanto melhor quanto maiores forem as contrapartidas que o clube lhe ofereça; se é aliciado por outro clube é menos vulnerável se se sentir completamente integrado pela estrutura e se tiver alguma compensação financeira; face a este enquadramento, o trabalho do treinador no sentido de ter uma equipa competitiva e disciplinada evitando, simultaneamente, a saída de jogadores, é muito difícil e vai-se tornando mais difícil à medida que a época vai avançando.

Vou dar um exemplo. Para o primeiro jogo da época tive 16 jogadores disponíveis. Entretanto, mais um foi inscrito. Para o próximo jogo com o Stº Estêvão amanhã, entre lesionados, doentes com gripe, ou por outros motivos, a convocatória incorpora 11 jogadores dos quais três eram juniores o ano passado, um está convocado mas “preso por arames”, e dois não jogaram futsal o ano passado. Esta situação poderá manter-se ou agravar-se até final da época porque não sendo remunerados, por vezes os jogadores têm que optar entre o futsal e a sua via privada, familiar ou profissional.


Este é o ano do S. Pedro?
JULIANO: Penso que poderá acontecer uma situação idêntica aos outros anos, os problemas organizativos internos irresolúveis por falta de meios juntamente com determinados factores que não controlamos nem queremos controlar, tornam o título numa miragem. A possibilidade do S.Pedro ser campeão nos juniores femininos é mais real.

Reconstruir todos os anos uma equipa é um grande mérito teu, não é fácil transmitir aos novos atletas rotinas que já foram adquiridas pelos que já estão no clube à algum tempo, qual o segredo?
JULIANO: Este ano foram inicialmente inscritos 17 jogadores. Nenhum jogador tem qualquer remuneração. Dos 17 jogadores, quase 50% não jogaram futsal sénior na época anterior; realizamos apenas 2 treinos por semana; face a este enquadramento, só com a grande ajuda de todos jogadores que transitaram da época anterior, nomeadamente os capitães e os mais experientes, e o auxílio indispensável do Luis Matias e do nosso Presidente Pedro Cláudio, foi possível integrar com alguma eficácia os mais novos nos princípios do clube e no modelo de jogo da equipa. Este processo continua e está longe de terminar.
 
Um treinador nunca está satisfeito com a equipa que tem, acha sempre que poderia ter outro ou outros jogadores, para ficar mais forte.
Este é o melhor plantel que já tiveste, ou melhor, será esta a equipa mais equilibrada?
 
JULIANO: As equipas com o conjunto de jogadores mais forte foram as de 2005/06 e 2006/07; a deste ano é forte mas veremos no fim se é a melhor.
 
.O S. Pedro tem um misto de atletas experientes com alguns jovens, é fácil gerir esta mescla de atletas?
JULIANO: Sim, muito fácil, quando os jovens têm motivação e bons valores. 

A maior parte das equipas do Distrital joga em 3x1, muito poucas utilizam o 4x0, será por não terem rotinas / ou não terem o conhecimento ideal para a utilização do 4x0. Digo isto porque, também vejo que quem joga em 3x1, utiliza um pivot móvel que muitas vezes cai numa ala. Será que o pivot está em vias de extinção ou é também uma evolução dessa posição específica?
JULIANO: Mais importante do que o sistema é a dinâmica, as rotinas e os princípios; um bom pivot é útil a qualquer equipa e pode ser utilizado nos dois sistemas; a sua maior ou menor mobilidade dependerá das rotinas da própria equipa e do adversário.
 

O Campeonato deste ano está muito equilibrado, mas o equilíbrio não é sinónimo de qualidade. Em tua opinião é um campeonato nivelado, mas de qualidade ou por baixo? 
JULIANO: Ainda não jogámos com todas as equipas; como em todos os anos, há quatro ou cinco equipas que lutam para o primeiro lugar e outras tantas mais limitadas que não poderão lá chegar; tenho visto poucos jogos não tenho opinião segura.
 
Quem vê a equipa do S. Pedro, observa uma equipa com princípios de jogo, com rotinas adquiridas, achas que o atleta Algarvio está preparado para trabalhar semanalmente, para aplicar durante o fim-de-semana o conhecimento adquirido?
Pergunto isto porque vejo muitas equipas na 1ª. Divisão Distrital, que não têm essa preocupação, não existe trabalho, é feito tudo no improviso.
 
JULIANO: Cabe aos treinadores serem exigentes com os seus jogadores no sentido de o jogo ser o reflexo ou um prolongamento do que se faz nos treinos. 

Actualmente começa a aparecer o que eu chamo de geração do Futsal, ou seja, atletas que chegam a seniores com formação no Futsal, o que não acontecia há uns anos atrás, porque só vinha para o Futsal quem não tinha sucesso no futebol 11.
Que importância tem para ti a formação do atleta, na nossa modalidade?

JULIANO: É obviamente essencial porque as características do jogador de futsal são muito diferentes das do jogador de futebol 11; esta época temos dois jogadores, um ainda júnior e o outro 1º ano de sénior, que tiveram essa formação e que têm grande facilidade em apreender as rotinas, os métodos de jogo, os princípios, etc.
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A estrutura da equipa do S. Pedro tem sido mais ou menos a mesma ao logo destes anos. Que apoios têm e quais a vossas maiores necessidades?
JULIANO: Apenas temos o apoio da firma Elevis Elevadores que cobre 50% do orçamento anual dos seniores; apoio público financeiro não temos desde há três anos para cá; apenas utilizamos a carrinha de 9 lugares da Junta de Freguesia de S. Pedro. Nada mais. 

O projecto e trajecto do S. Pedro, tem sido de grande consistência e equilibrado, temos visto muitas equipas que entraram no Futsal com a ambição de subirem aos nacionais e se não conseguem nos 2 primeiros anos esse projecto acaba. O S. Pedro não vive com a ansiedade e necessidade de se afirmar no panorama nacional e ser mais um?
Parece quererem cimentar estruturas e darem um passo de cada vez, é esse o segredo?

JULIANO: Não recebendo qualquer apoio financeiro para além do referido, não podemos ter grandes ambições a não ser ter uma equipa competitiva, que joguem bem, com valores desportivos e humanos adequados, e que tente acabar cada campeonato o mais acima possível; se alguma vez formos campeões avaliaremos, na altura, os apoios que podem chegar.
Nunca seremos mais um porque somos o S. Pedro.

 
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A formação num clube é importante, no entanto o S. Pedro este ano não tem escalões de formação, excepto as juniores femininas. É por terem poucos apoios que não investem mais na formação?.  
JULIANO: Tivemos três escalões de formação há três época atrás mas desistimos devido às dificuldades financeiras óbvias com que nos deparámos. As juniores femininas são praticamente auto-suficientes porque pagam uma quota anual para poder jogar.
 
Que análise fazes ao Futsal Algarvio?
JULIANO: Está em evolução e vai continuar a evoluir; seria importante ter uma equipa na 1ª divisão.

 
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Existem duas divisões nos distritais, parece existir um grande desnível, nas equipas. Os nossos campeonatos estão bem estruturados?
Todos os anos aparecem e desaparecem equipas, isso também não é benéfico.

JULIANO: Presumo que muitas equipas que tiveram a mesma motivação que nós quando começámos têm também depois os mesmos estrangulamentos e, não tendo condições, acabam por desistir.


O S. Pedro é uma equipa de Faro, a capital Algarvia parece este ano querer mostrar que tem potencial. Tem uma equipa nos nacionais, duas na luta pela subida aos nacionais e aparece o Bonjoanenses na segunda divisão distrital. Acreditas que existe espaço para tantas equipas?
A autarquia tem demonstrado interesse em apoiar os clubes em termos de infra-estruturas. Já que só existe 1 pavilhão e todos sabemos as condições que tem.

JULIANO: Desde que existam jogadores, treinadores e dirigentes com ambição, o limite é aquele que a capacidade humana demonstrar. Se o Bonjoanenses tem ambição de construir um projecto, se foram dadas condições públicas para o desenvolver, não vejo qualquer problema.
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Ao fim de 8 jornadas e com o conhecimento que tens do Distrital, e faltando ainda tanto para o término do mesmo, quem são as equipas que se apresentam em melhores condições para lutarem até ao fim pelo titulo Algarvio?
JULIANO: O Atalaia, a Casa do Benfica, o Santo Estevão e o S. Pedro.

Estamos bem representados nos campeonatos nacionais?
JULIANO: Sim.

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Numa sequência de perguntas e respostas rápidas:
Qual o melhor treinador português?
JULIANO: Alípio Matos
Qual o melhor treinador Algarvio?
JULIANO: Tomás (actualmente no Stº Estevão)
 
Qual o melhor jogador português?
JULIANO: Pedro Costa
Qual o melhor jogador Algarvio? 
JULIANO: Pedro Cary
Qual a melhor equipa Algarvia?
JULIANO: Albufeira Futsal
Quem vai ser campeão Distrital? 
JULIANO: Não sei
.Existe algum jogador algarvio em condições para jogar num grande? 
JULIANO: Sim, o Maia do Albufeira Futsal, Mica e Pedrinho do Louletano.

Agradeço a tua disponibilidade e boa sorte para o resto do campeonato.
Luis Barradas


Fonte: http://futsal-luisbarradas.blogspot.com/2009/12/entrevista-juliano-treinador-s-pedro.html